sábado, 4 de outubro de 2025

Ansiedade em Cães e Gatos: Sintomas, Causas e Como Ajudar

A ansiedade é uma das alterações comportamentais mais comuns em cães e gatos — e muitas vezes passa despercebida. Mudanças na rotina, solidão, barulhos intensos ou até a ausência do tutor podem causar estresse emocional e sintomas físicos nos pets.


Entender as causas e saber como agir é essencial para garantir qualidade de vida e bem-estar.


🐶 Ansiedade em Cães

Os cães são animais extremamente ligados aos tutores, por isso, a ansiedade de separação é a mais frequente.

Sinais mais comuns:

  • Latidos ou uivos excessivos quando ficam sozinhos;

  • Destruição de objetos;

  • Micção ou defecação fora do lugar;

  • Lambedura constante das patas;

  • Hiperatividade e respiração ofegante.

Causas:

  • Mudanças na rotina;

  • Falta de socialização;

  • Pouco estímulo físico ou mental;

  • Traumas ou abandono.


🐱 Ansiedade em Gatos

Embora mais independentes, os gatos também sofrem com ansiedade, principalmente quando há mudanças no ambiente.

Sinais mais comuns:

  • Isolamento repentino;

  • Miados constantes;

  • Lamber-se em excesso (alopecia psicogênica);

  • Agressividade ou comportamento defensivo;

  • Alterações no apetite e uso incorreto da caixa de areia.

Causas:

  • Introdução de novos animais;

  • Mudança de casa ou rotina;

  • Falta de esconderijos e locais seguros;

  • Solidão prolongada.


⚖️ Diferenças entre Cães e Gatos

AspectoCãesGatos
Ligação com o tutorForte e diretaMais sutil, mas presente
Tipo de ansiedade mais comumSeparaçãoAmbiental
Principais sintomasVocalização, destruição, agitaçãoIsolamento, lambedura, esconder-se
Manejo idealRotina estável e enriquecimento físicoAmbientes seguros e estímulos verticais

💡 Como Ajudar Seu Pet

  • Enriquecimento ambiental: brinquedos interativos, esconder petiscos, circuitos e arranhadores;

  • Rotina previsível: horários fixos para alimentação e passeios;

  • Exercícios e brincadeiras diárias;

  • Florais, feromônios ou fitoterápicos, sob orientação veterinária;

  • Evite punições: a ansiedade não é “birra”, é um sinal de sofrimento.


⚕️ Quando Procurar o Veterinário

Se o comportamento ansioso for intenso ou persistente, o ideal é consultar um médico-veterinário ou especialista em comportamento animal. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento com medicação ansiolítica associada a terapia comportamental.


A ansiedade em cães e gatos é um problema sério, mas com diagnóstico precoce e mudanças simples na rotina, é possível devolver ao seu pet equilíbrio e bem-estar. O amor, paciência e constância são os melhores remédios. 💛🐾

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Cuidados Pós-Operatórios na Castração de Cães e Gatos

A castração é uma das cirurgias mais comuns em cães e gatos, trazendo inúmeros benefícios para a saúde e bem-estar dos pets. No entanto, a recuperação depende muito dos cuidados no período pós-operatório. Vamos explicar o que todo tutor precisa saber para garantir a cicatrização adequada e evitar complicações.


1. Repouso e Restrição de Atividade

Após a cirurgia, o pet deve ficar em repouso, evitando corridas, saltos ou brincadeiras intensas. Isso ajuda a prevenir abertura dos pontos ou sangramentos.


2. Uso do Colar Elizabetano

Indispensável! Ele impede que o animal lamba ou morda a incisão, o que poderia causar infecção ou abrir os pontos.


3. Cuidados com a Incisão Cirúrgica

  • Verifique diariamente a região operada.
  • Observe sinais de vermelhidão, secreção, inchaço ou mau cheiro.
  • Não aplique pomadas ou medicamentos sem orientação veterinária.

4. Medicação Prescrita

Siga rigorosamente as orientações do veterinário quanto ao uso de antibióticos, anti-inflamatórios ou analgésicos. Nunca medique por conta própria.


5. Alimentação e Hidratação

É normal o pet estar um pouco sonolento ou sem apetite nas primeiras horas após a cirurgia. Ofereça água fresca e pequenas porções de ração conforme orientação.


6. Retorno ao Veterinário

O acompanhamento é fundamental:

  • Revisão nos primeiros dias para checar a cicatrização.
  • Retirada dos pontos (quando não forem absorvíveis), geralmente entre 7 e 10 dias.

Sinais de Alerta

Procure o veterinário imediatamente se notar:

  • Sangramento intenso.
  • Vômitos ou diarreia persistentes.
  • Febre ou apatia extrema.
  • Inchaço exagerado na região da cirurgia.

Os cuidados pós-operatórios na castração de cães e gatos são simples, mas fazem toda a diferença para que a recuperação seja tranquila e segura. Converse sempre com o veterinário para tirar dúvidas e siga à risca as recomendações.

sábado, 27 de setembro de 2025

Diferenças Entre Diabetes em Cães e Gatos

O diabetes mellitus é uma das doenças endócrinas mais comuns em cães e gatos. Apesar de afetar ambas as espécies, existem diferenças importantes nos tipos de diabetes, sintomas, causas e até na resposta ao tratamento. Saber reconhecer esses pontos ajuda tutores a buscar diagnóstico precoce e garantir qualidade de vida aos pets.

Diabetes em Cães

  • Mais comum: semelhante ao diabetes tipo 1 em humanos.
  • Causa principal: destruição das células pancreáticas produtoras de insulina.
  • Consequência: deficiência total ou quase total de insulina.
  • Tratamento: geralmente requer aplicação de insulina ao longo da vida.
  • Sintomas comuns: aumento da sede e da urina, perda de peso apesar do apetite, catarata frequente.

Diabetes em Gatos

  • Mais comum: semelhante ao diabetes tipo 2 em humanos.
  • Causa principal: resistência à insulina e obesidade como fator de risco.
  • Consequência: o pâncreas ainda produz insulina, mas o organismo não responde adequadamente.
  • Tratamento: pode incluir insulina, mas também dieta específica rica em proteínas e pobre em carboidratos.
  • Possibilidade de remissão: em alguns gatos, especialmente quando tratados precocemente, o diabetes pode entrar em remissão.
  • Sintomas comuns: perda de peso, sede e urina em excesso, andar plantígrado (fraqueza nos membros posteriores).

Diagnóstico em Cães e Gatos

  • Exames utilizados: glicemia, frutosamina, urinálise.
  • Objetivo: avaliar níveis de açúcar no sangue e descartar outras doenças que possam causar sintomas semelhantes.

Principais Diferenças Resumidas

Aspecto Cães Gatos
Tipo mais comum Diabetes tipo 1 (insulino-dependente) Diabetes tipo 2 (resistência insulínica)
Fator de risco Genética, doenças pancreáticas Obesidade, sedentarismo
Tratamento principal Insulina vitalícia Insulina + dieta especial
Prognóstico Controle com insulina Pode haver remissão
Complicações comuns Catarata Neuropatia (andar plantígrado)

Embora cães e gatos possam desenvolver diabetes, a doença não se manifesta da mesma forma. Nos cães, o tratamento com insulina é essencial para manter a vida, enquanto em gatos o controle de peso e a dieta têm papel decisivo, podendo até levar à remissão. A chave está no diagnóstico precoce e no acompanhamento veterinário regular.