terça-feira, 21 de março de 2017

O que fazer em casos de emergência e urgência com meu cão ou gato??



Olá!! 

Muitas vezes nossos peludos passam por situações específicas e nos vemos perdidos e sem saber como ajudar até a chegada ao veterinário. 

Esse post tem o objetivo de esclarecer algumas dúvidas e instruir sobre alguns procedimentos que vão anteceder a ida ao veterinário e que podem ajudar muito o seu peludo em casos de urgência e emergência. 

Lembrando que nenhum desses procedimentos em caso algum vai substituir a ida ao veterinário e só devem ser feitos sob a certeza de que o tutor consegue realiza-los e após avaliação prévia do quadro do paciente e contato com o veterinário responsável. 

Então vamos lá...

Como diferenciar Urgência de Emergência?

Os casos de emergência são aqueles em que o cão/gato estão em risco de morte e precisam de atendimento iminente e o mais rápido possível, situações como: choque hipovolêmico, picada de cobras ou aranhas, atropelamentos graves, sangramentos excessivos, parada cardiorrespiratória, envenenamentos, choques elétricos, afogamentos, exposição a fumaça de incêndios e convulsões. 

Já os casos de urgência são os que tem menor gravidade mas que o paciente ainda precisa de atendimento o mais rápido possível. Dentre eles: vomito ou diarreia intensos, apatia por mais de alguns dias, anorexia prolongada, problemas na hora do parto, ausência de urina ou fezes por mais de 24 horas, ingestão de substancias nocivas em pequena quantidade, atropelamentos menos graves mas com fraturas, cortes e lacerações sem sangramento excessivo e quadros de convulsão (aqui são aqueles quadros em que o cão ou gato tem um ou dois episódios de convulsão no dia anterior por exemplo. Os quadros de vários episódios em sequencia e sem cessar se encaixam nos casos de emergência). 

E o que fazer especificamente em cada caso? 

Nos casos de emergência levar o seu peludo o mais rápido possível até o veterinário de sua confiança e responsável por ele. Aqui o importante é que a clínica tenha todo o suporte necessário para atender o seu peludo, como: cilindro de oxigênio, monitor multiparamétrico, centro cirúrgico e anestesista de prontidão, internamento adequado, medicamentos específicos e profissionais capacitados. 

Os sinais de que seu peludo estão em choque são: respiração acelerada, temperatura corporal abaixo de 37°, gengivas pálidas, perda ou não da consciência, e batimentos acelerados. 

No caso de atropelamentos graves o ideal é que o paciente seja levado até a clínica o mais imobilizado possível sem solavancos no caminho. Nesse quadro forçar o animal a entrar na caixinha de transporte pode prejudicar seu quadro. Em alguns casos pode ser necessário improvisar uma maca para poder ser feita a imobilização correta e utilizar de faixas ou panos limpos para manter o animal nela. Em caso de quadros de convulsões a imobilização também é crucial para que o animal não se machuque e chegue integro até o atendimento veterinário. 

Nos casos de parada cardiorrespiratória, no caminho até o veterinário, pode ser realizada a massagem cardíaca e a respiração animal. 
Para a respiração é necessário fechar o focinho do paciente e segurar firme, eleve sua cabeça e sopre para as narinas até perceber o peito se elevando. Repita esse procedimento de 8 a 10 vezes em um minuto. 
Para a massagem cardíaca, deite o cão/gato de lado e pressione a palma da mão sobre o coração (na região embaixo da pata - axilas), utilize a mão esquerda sobre a direita e pressione, cerca de uma vez a cada segundo e solte. Esse procedimento deve ser realizado durante todo o caminho até o veterinário. 

Em casos de emergência é imprescindível que você leve seu cão até o veterinário o mais rápido possível e que não tente manobras em casa. Seu peludo precisa de um atendimento especializado e a realização de algumas manobras pode prejudicar o quadro do seu peludo. 

Em casos de ataques e mordidas de outros cães NÃO DE BANHO em seu peludo. O banho pode levar contaminação de outros locais do corpo até as perfurações e piorar o quadro. Mordidas são sempre contaminadas. Muito cuidado com esses quadros. 

Nos sangramentos externos, visíveis e pequenos aplicar um pano limpo e comprimir o local para que o sangramento estanque. Nos cortes mais profundos aplicar uma compressa de gaze e colocar uma atadura sobre o local para evitar uma perda massiva de sangue e encaminhar o paciente ao veterinário. Se houver alguma sujidade sobre a lesão lavar antes com solução fisiológica e após aplicar as compressas. Não usar água oxigenada -  ela pode ajudar a aumentar a contaminação. 

Nos casos de picada de animais peçonhentos haverá um inchaço e também o reconhecimento das perfurações da presa do animal. Nesse caso o animal deve ser mantido o mais calmo possível e se possível colocar gelo sobre a picada (as vezes pelo quadro ser muito doloroso pode não ser possível) e ser encaminhado o mais rápido possível ao veterinário. 

Lembre-se sempre que o profissional mais indicado para o seu peludo é o Medico (a) Veterinário (a). 

NUNCA tente nada sem orientações em casa e que possa prejudicar seu animal. 
NÃO INDUZA o vomito a não ser que tenha sido orientado pelo seu vet. 
FIQUE ATENTO ao comportamento de seu peludo, qualquer mudança deve ser vista com atenção e cuidado. 
MANTENHA ele sempre em um local seguro, livre de possíveis objetos que possam ser prejudiciais a ele. 
E se caso ocorra alguma desses situações citadas acima entre em contato com seu vet de confiança. 

Quem ama, cuida! 

Até a próxima.









segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Leishmaniose, oque é? e porque todos devemos nos preocupar?



   A leishmaniose é uma doença causada por um protozoário chamado leishmania spp, que é transmitida pela fêmea do mosquito palha infectada, apenas a fêmea é hematófaga, pois ela precisa de sangue para fazer a postura dos ovos, e cada postura a fêmea deposita cerca de 100 ovos.
Esse vetor (mosquito palha) se desenvolve em solo úmido, rico em matéria orgânica em decomposição, com pouca luminosidade, e ficam muito mais ativos ao entardecer e a noite.
 
   A doença pode acometer humanos, cães, gatos e outras espécies, sendo que dentre os animais os cães são a maior preocupação, pois podem ser os reservatórios da doença mais próximos ao humano, com relação aos gatos, estes também podem adquirir a doença, mas estes parecem ter uma resistência natural, e geralmente os gatos que desenvolvem a doença são os que já têm alguma doença imunossupressora, porém ainda não é bem esclarecido. É sempre importante ressaltar que a transmissão da doença, nunca ocorre por contato direto entre as espécies, e sim por intermédio da picada do vetor.

   Após a transmissão da doença, o parasita pode ficar encubado durante alguns meses até anos no paciente, até que se iniciem os sinais clínicos, e dependendo da espécie da leishmania, essas podem se multiplicar e ficar apenas no local da picada, ou disseminar-se para outros órgãos, e isso faz com que haja a classificação da leishmaniose em tegumentar e visceral ou calazar.

   Na leishmaniose tegumentar o protozoário se multiplica no interior de células denominadas macrófagos, fazendo com que apareçam nódulos, que levará a formação de úlceras, que não causam dor e não são pruriginosas (não coçam), e a quantidade de lesões, varia conforme a quantidade de picadas. Os locais mais acometidos são as regiões com pouco ou nenhum pêlo, como: bolsa escrotal, focinho, boca, prepúcio.

   Na leishmaniose visceral ou calazar, cerca de 60% dos animais portadores da doença são assintomáticos, mas após a inoculação do protozoário no organismo do paciente, também ocorre uma proliferação destes no local da picada e em seguida a disseminação sistêmica, levando a diversas alterações clínicas, como: quedas de pêlos, crescimento exagerado das unhas, emagrecimento progressivo, aumento de gânglios linfáticos, fraqueza, vômito, diarreia, falta de apetite, doenças oftálmicas, dores e inchaços articulares, disfunção renal e hepática.

   Para o diagnóstico da doença, o profissional da área da saúde que irá atender deve estar atento aos sinais clínicos, levando em consideração se o paciente visitou ou é de uma região endêmica. E existem diversos exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença, que deve sempre ser conduzido por um profissional capacitado.

   O tratamento da leishmaniose nos cães sempre foi bastante discutido, pois até poucos meses não havia uma medicação aprovada, que fosse destinada para o tratamento da leishmaniose na veterinária, sendo assim, a recomendação para os casos de cães positivos para a doença, é que fossem submetidos à eutanásia. Mas no final do ano passado foi aprovada pelo ministério da agricultura uma medicação chamada Milteforan® da Virbac (Saiba mais sobre a medicação), para tratamento de cães com leishmaniose, essa medicação faz com que haja diminuição da carga parasitária do portador, consequentemente melhorando os sinais clínicos, mas todo paciente que faz uso da medicação após o tratamento deve fazer acompanhamento veterinário periodicamente, pois o tratamento não promove à cura, fazendo-se de grande valia a conscientização do tutor, para que faça os acompanhamentos e que não negligencie a importância disso.

   Algumas formas para a prevenção da doença e cuidados que se deve ter com os animais portadores em tratamento são: evitar acúmulo de matéria orgânica no ambiente, usar coleiras repelentes, telas em janelas para evitar a entrada do mosquito, evitar ficar exposto ao entardecer que é quando o vetor está mais ativo.

   A leishmaniose é uma doença que gera grandes preocupações na saúde pública, por ser uma doença grave, que gera grande taxa na mortalidade em humanos. Por isso deve ser levada a sério por todos os profissionais de saúde, notificando os casos suspeitos e orientando a população. 


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Seu cachorro come grama? Saiba por quê!



Isso é muito mais comum do que você imagina. Mas é importante ficar atento a alguns sinais para que isto não se torne um problema ao seu cãozinho.

Vamos lá.

Cães são animais semi carnívoros, ou seja, diferente dos gatos que são estritamente carnívoros, os cães também procuram e se interessam por outros alimentos como a grama, mato, frutas ou outros tipos de alimentos que contenham fibras.


Então o primeiro ponto importante é: eles gostam de comer grama! E podem ingerí-la quando estão com fome.

Em outras situações, ainda não 100% comprovadas cientificamente, cães procuram grama ou outra fonte de fibras para ingerir quando estão com algum desconforto gástrico ou intestinal. Mas por quê? A grama causa uma irritação na mucosa estomacal, induzindo o animal a vomitar, ou seja, é um tipo de terapia natural para aliviar tal desconforto, além do que as fibras ajudam a acelerar o transito gastrointestinal. O ponto importante em questão é: por que eles estariam com desconforto? É comum eles comerem algo que não fez bem e induzir o vômito aliviaria tal situação, mas também pode acontecer por problemas mais sérios como gastrite crônica, presença de vermes intestinais, falta de água na dieta, uma dieta inadequada (que não tenha os componentes necessários e boas quantidades para uma boa alimentação) e até mesmo obstrução e corpo estranho estomacal ou intestinal.


Dica #1: para saber se a dieta do seu animal é adequada ou não sempre procure um médico veterinário, a única pessoa capaz de diagnosticar qualquer problema na dieta do seu cão. Mas se por ventura, você quer adicionar um pouco mais de fibra na dieta do seu cão, essa receita de cookies do famoso site Cachorro Verde é super interessante e prática, e baseada em experiência própria, os cães adoram!

Dica #2: sobre desvermifugar seu animal é importante procurar a orientação do médico veterinário, pois é baseado na rotina do seu cão que o doutor vai decidir de quanto em quanto tempo é necessário desvermifugá-lo e qual tipo de vermífugo utilizar. De uma forma geral, indica-se desvermifugar seu cão a cada 4-6 meses. 

Dica #3: cuidado com qual grama seu animal come, como assim? Se você leva seu cãozinho pra passear com frequência em praças, parques e locais públicos, fique atento, pois a ingestão de grama nesses lugares pode não ser indicado, uma vez que ele pode ingerir pesticidas, venenos e urina e fezes de outros cães que podem não estar com a saúde em dia e se caso isso acontecer, seu amiguinho pode adquirir alguma doença transmissível por esses meios, Hoje no mercado pet já é possível encontrar gramas artificiais que seu cão pode comer, muito bacana, né?




Outras duas situações que podem levar seu cão a comer grama são a ansiedade e o instinto de caça. Animais que não tem muita atenção, ficam muito sozinhos, tem pouca atividade física e mental podem desenvolver falhas no comportamento, como comer grama, latir mais que o normal e criar hábitos que antigamente não tinham, fique atento, e se caso perceber essas mudanças, marque um consulta com seu médico veterinário de confiança. Já sobre o instinto de caça, alguns estudos apontam que para reconhecer melhor sua presa é normal os predadores ingerirem a grama por onde as presas passaram, interessante, não é? Portanto, se seu cão é um caçadorzinho nato, vale sim comer grama!

Com todas essas informações é fato que os cães são animais extremamente sábios, não é mesmo? A gente sempre pode aprender muito com eles, e se apaixonar cada vez mais por esses peludos de quatro patas.

Espero que tenham gostado, até a próxima pessoal!


domingo, 29 de janeiro de 2017

A história da Belinha

Boa noite pessoal, um ótimo domingo pra todo mundo. E pra começar bem a semana eu vim aqui contar uma história pra vocês que acompanhei de perto e até pra mim que estou nesse mundo animal há alguns anos é surpreendente e nos faz enxergar a adoção de outra forma. É a história da Belinha.


 No final de 2015, uma voluntária de uma ong de proteção animal encontrou uma cadelinha poodle bem debilitada vagando sozinha pela rua, ela parecia ter dificuldade pra andar e pra enxergar. No mesmo dia encaminhou o animal para uma avaliação no veterinário (PONTO IMPORTANTE: sempre que encontrar um animal na rua e tem a intenção de ajudá-lo, antes mesmo de o levar pra casa, deve-se passar por uma avaliação com um profissional capacitado, pois como já dissemos aqui no blog, existem doenças transmissíveis para outros animais e para pessoas, e o veterinário poderá te alertar das condições físicas desse novo animal e orientá-lo na fase de adaptação, seja para prepará-lo para adoção ou para reintrodução em um novo lar). Continuando, Belinha foi levada ao veterinário (ate então não havia idéia de como era seu verdadeiro nome e muito menos de como era sua história), após a avaliação no consultório veterinário, veio a surpresa, nada animadora, Belinha já era uma cachorrinha velhinha, entre 8 a 10 anos de idade, era cega e tinha vários nódulos na mama (tumores de mama). Poxa vida, pra quem já conviveu nesse meio de resgate de animais, sabe a dificuldade de encontrar um lar para um animal saudável, agora, quem dirá pra uma cachorrinha igual a Belinha? E ai, vem a parte mais legal da história, eu não conheço sua crença, mas seja por coincidência de destino, coincidência divina ou uma força maior, quando a Belinha ainda estava no consultório, uma das clientes da clínica chegou pra buscar suas duas cachorrinhas poodle, Nina e Milk, que estavam no banho e se deparou com a Belinha, ficou super encantada com a história e na mesma hora decidiu que ficaria e cuidaria dela mesmo sabendo de todos os seus problemas. CARAMBA!!! Foi um choque geral, sabe aquelas cenas que você não sabe se está realmente acontecendo? Ou se é sua imaginação? Nesse momento, Belinha se tornou Belinha. E a adaptação da Belinha na nova casa, na nova rotina? 100%. Isso mesmo, após estar liberada pra ir pra casa, Belinha não encontrou nenhuma dificuldade em se adaptar na nova casa, aprendeu rapidinho a latir na hora da comida, junto com suas novas amigas, aprendeu a subir as escadas (mesmo cega? Sim, o poder de adaptação desses animais é incrível) e aprendeu onde era o melhor lugar da casa, na cama da sua nova dona. Que delícia né, mas a história não pára por ai. Poucas semanas após Belinha estar na sua nova casa, aconteceu algo muito estranho, no meio da noite, Belinha estava na cama e começou a ficar muito agitada, ninguém estava entendendo o que ela queria e de repente, Belinha pariu um filhote, um único filhote, já morto. COMO ASSIM? Após a avaliação do veterinário, descobriu-se que quando Belinha foi resgatada, ela já estava prenha e provavelmente devido ao abandono e a falta de condições que o corpo dela sofreu nesse período, que não se sabe ao certo quanto tempo foi, não houve condições do organismo dela sustentar tal gravidez. Belinha se recuperou rápido de tal circunstância e quando já estava bem, passou por novos exames pré-operatórios e realizou sua primeira cirurgia de retirada de tumores mamários. Sua recuperação foi excelente e o tratamento não acabou por ai, ela realizou algumas sessões que quimioterapia, pois ainda haviam outros tumores, e novamente, quando liberada pelo médico veterinário oncologista, Belinha passou por uma segunda cirurgia para a retirada do restante dos nódulos mamários que ainda haviam e mais uma vez, Belinha se superou, recuperação 100%. Após a segunda cirurgia Belinha passou por mais algumas sessões de quimioterapia e recebeu alta do tratamento (PONTO IMPORTANTE: a cirurgia aqui citada é a mastectomia, ela pode ser bilateral, unilateral ou parcial, dependendo da indicação do médico veterinário, e sempre acompanhada da castração, sendo que em alguns casos, após alguns exames, é necessário a quimioterapia). Enfim, Belinha hoje não poderia ser mais feliz, agora o próximo passo é cuidar do olhinho, já passou por avaliação com o oftalmologista veterinário e está tratando um problema de falta de produção de lágrimas para depois pensar na possibilidade de uma cirurgia para recuperação da visão. Linda a história da Belinha né? Gostaria de deixar aqui a minha homenagem pra tutora da Belinha, que além de ser uma pessoa super especial, soube como ninguém ter paciência na sua adaptação e proporcionou pra Belinha uma vida que ninguém poderia imaginar, você já pode dizer em voz alta que salvou uma vida, com muito, muito orgulho! Expresso aqui a gratidão da Belinha, ela te ama muito  E no final do ano passado, Belinha pode conhecer o mar, isso mesmo, viajou com a tropa toda pra praia, e se divertiu muito. Adotar realmente é tudo de bom, desde que essa ação seja realizada com muito responsabilidade e consciência. Se você também tem uma história de adoção, conta pra gente, ficaremos super felizes em compartilhar desses momentos com vocês.


Até a próxima pessoal, espero que tenham gostado.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Quanto custa ter um cão ou gato?

Fonte:Blog Pethub

Você já parou para pensar quanto custa ter um animal de estimação? O que você considera caro ou não? Quanto o seu cão ou gato custa por mês?
São perguntas pertinentes para quem quer adotar ou comprar um animal mas ainda não parou para pensar nisso e talvez siga agindo por impulso. Abaixo listei as principais despesas e prioridades desde quando o seu peludo é um filhote.

Então vamos la!

Se você optar por comprar um cachorro/gato existem inúmeras raças, inúmeros criadores e inúmeros preços, mas, um cão por exemplo não sai por menos de R$500,00 hoje. Não temos muitos criadores de gatos por aqui, a maioria deles vem de fora então teríamos um valor minimo de R$1500,00 por animal (dependendo da raça e criador).

Caso você escolha adotar (o que indico do fundo do meu coração) todos esses gastos citados acima podem ser revertidos em cuidados com o peludo.
Hoje encontramos inúmeros cães e gatos para adoção, de todos os tamanhos, de todas as cores, especiais ou não e alguns de raça também.

Então vamos lá. Você adotou/comprou um filhote de cão ou gato, ou um de cada, o que é necessário nesse inicio de vida desse peludo?

- Levar seu peludo recém adquirido até o veterinário para uma primeira consulta

       Aqui o profissional adequado vai avaliar a saúde do seu filhote e fazer as primeiras orientações como a vermifugação (caso o criador já não tenha feito), tipos de ração ou comida natural, se os petiscos podem ser dados e em quais momentos, como ensinar que ele faça o xixi e coco nos locais adequados (gatos já vem sabendo isso, fica a dica ;D), quais os sinais de alerta que devo me preocupar, quais brinquedos são adequados, qual a quantidade de alimento eu ofereço e quantas vezes ao dia e por fim a vacinação. Geralmente nessa primeira consulta não é feita a vacinação porque seu mini peludinho precisa ficar uns dias com você em casa e em observação para que a vacina não seja feita em situações de stress que podem mascarar algumas doenças em fase inicial.
      O valor desse serviço varia de acordo com a região em que você está mas, hoje, aqui em Londrina, uma consulta fica em torno de R$80,00 a R$100,00.

- Vermifugação 

   Após a consulta no veterinário e suas orientações chegou a hora do vermífugo. Temos inúmeros produtos no mercado, acredito que dentro da "farmácia veterinária" esse seja medicamento que mais tenha variações de composição, preços e laboratórios. Então seguindo a orientação do seu veterinário você irá adquirir o vermífugo e administrar para o seu peludo. Alguns veterinários já fazem isso no momento da consulta se o seu peludo está bem.
   O valor aqui vai variar de acordo com o peso de seu filhote e o vermífugo recomendado. Você vai encontrar a venda os comprimidos separados ou caixa fechada. O preço de cada comprimido para 10kg pode variar de R$5,00 a R$30,00, aqui as orientações do seu veterinário serão muito importantes para evitar confusão e a administração de uma medicação inadequada.

- Vacinação

É chegado o momento da agulha. No Brasil não temos erradicada nenhuma doença, inclusa nas vacinas, dos nossos peludos, nem a raiva (por mais que isso seja falado).
É imprescindível fazer a vacinação correta e diretamente com o veterinário do seu peludo. PetShops e Casas Agropecuárias não podem fazer vacina em seus balcões, a não ser que o mesmo tenha um consultório anexo e um veterinário durante todo o período em que o estabelecimento funciona.

Para cães temos as vacinas contras as viroses (cinomose, parvovirose, adenovirose, leptospirose...) e essas são chamadas de v6, v8 ou v10 de acordo com a quantidade de doenças inclusas na vacina.
Em geral, dependendo da conduta do veterinário, raça do seu cão (Rottweillers e Pastor Alemão devem sempre receber 4 doses) e da sua região, são 3 a 4 doses. Cada dose aqui vai variar de R$60,00 a R$80,00 e elas devem ser feitas a cada 21 dias. Para o inicio do protocolo vacinal seu peludo deve ter 45 dias. Na administração da ultima dose de vacina contra viroses deve ser feita a vacina contra Raiva, em uma dose somente (estudos estão sendo feitos para saber se será necessário duas doses) e o valor aqui pode variar de R$40,00 a 80,00.

Temos também as vacinas contra a gripe (tosse dos canis) e giardia ( que é uma zoonose e pode acometer humanos). Aqui são necessárias duas doses de cada, com intervalo de 21 dias entre cada uma e com um valor de R$70,00 a R$100,00.

Deve ser feito o reforço anual com uma dose de cada vacina que o peludo tomou nesse primeiro protocolo. Então anualmente o custo da vacinação fica em torno de R$300,00 se forem feitas todas as vacinas que eu citei acima.

Para os nossos peludos soberanos, os gatos, temos 3 tipos de vacinas e elas geralmente são adequadas ao estilo de vida do seu peludo: se ele vai pra rua, se você mora em casa, se ele tem contato com outros gatos, se você tem vontade de adotar um outro peludo ou não. O início do protocolo vacinal inicial deve ser feito a partir dos 60 dias de vida ou 8 semanas.
Considerando isso, são necessárias duas doses (alguns veterinários podem pedir 3 doses, isso é normal pois varia da conduta de cada veterinário) com intervalo de 21 dias entre elas.
Aqui, pela variedade de tipos de vacinas, cada dose pode variar de R$60,00 a R$120,00. A dose da vacina contra raiva fica no mesmo valor que eu citei acima porque para cães e gatos utilizamos a mesma vacina.
O mesmo reforço anual que eu citei acima para os cães deve também ser feito para os gatos. O custo desse reforço fica em torno de R$200,00 a R$ 250,00.

- Castração

A castração também é imprescindível ao seu peludo se você não tem o objetivo de ser um criador. Em outro post citamos os benefícios. Esse procedimento só deve ser feito por um médico veterinário capacitado, em uma clínica adequada, com anestesista e instrumentação estéril. Desconfie de procedimentos muito baratos. O valor da castração vai variar de acordo com o tamanho e peso do seu peludo. Geralmente, aqui na minha região, os valores vão de R$450,00 a R$1200,00 (para cães muito grandes).

Nesse post da Vanessa ela esclarece todas as vantagens e benefícios da castração de machos e fêmeas:
http://conscienciapet.blogspot.com.br/2011/05/castracao-para-reduzir-numero-de.html

- Alimentação e brinquedos

Aqui os custos geralmente variam bastante pois cada peludo precisa de um tipo de ração e hoje temos um número muito alto de produtos no mercado, sendo muito importante seguir, mais uma vez, a orientação do seu veterinário. As rações vão variar de mais ou menos R$15,00 a R$45,00 o kilo.
Se seu peludo precisar de uma ração terapêutica o custo, muito provavelmente, pode ser mais elevado. Os pacotes maiores tendem a ser mais baratos mas se você tiver um peludo pequeno e que come pouco eles não são indicados, pois, essa ração vai demorar muito a ser consumida totalmente e pode perder suas propriedades nutritivas.

O custo dos brinquedos varia muito mas você encontra a partir de R$5,00 ou fazer em casa mesmo. Tem vários vídeos legais de como fazer brinquedos interativos e super baratos em casa (principalmente para os gatos).

- Cuidados médicos

Nesse caso não consigo estimar um valor exato pois cada situação que precise de cuidados médicos exige procedimentos diferentes com custos diferentes.

Em um check up anual, por exemplo, para o seu peludo em que seja incluso uma consulta, um exame de sangue e uma ultrassonografia você  vai gastar em torno de R$300,00. Lembrando que o check up anual, fora da época das vacinas, é muito importante para detectar doenças precocemente e com isso fazer com que o tratamento e o prognóstico sejam mais favoráveis.

Na região em que estou, a diária de internamento com medicação, suporte correto e acompanhamento 24 horas, para um cão de até 10kg varia de R$160,00 a R$200,00, lembrando que isso varia conforme sua região e condição médica que seu peludo se encontra. Nesses casos podem ser necessários procedimentos e exames específicos que só o profissional que acompanha seu peludo poderá indicar.


Então vamos as contas?

- Primeira consulta: R$ 80,00 a 120,00*
- Vermifugação: R$ 10,00 a 30,00*
- Vacinas cães viroses e raiva: R$ 400,00**
- Vacinas cães giardia e gripe: R$ 320,00**
- Vacinas gatos: R$ 300,00**
- Castração: R$ 450,00 a R$1200,00*
- Check up anual: R$ 300,00*
- Reforço vacinas anuais cães: R$300,00*
- Reforço vacinas anuais gatos: R$200,00 a R$250,00*
- Alimentação (cão porte pequeno): R$ 45,00 a 100,00 (mensal)*
* Valores aproximados.
** Quando filhote.


Esse post tem como objetivo esclarecer que mesmo sendo animais, nossos peludos exigem cuidados médicos adequados e esses geram custos e que ter um cão ou gato não demanda só alimentação e carinho, eles também precisam de assistência medica para que sua vida seja plena, longa e feliz.

Em muitas cidades vemos um número absurdo de cães abandonados e na maioria das vezes foram abandonados porque ficaram doentes, porque a fêmea teve uma cria indesejada pois a castração nunca foi cogitada, porque aquela raça específica exige cuidados específicos, entre outros mil motivos.

Na minha rotina hoje, vejo cães que foram comprados por valores altos sendo vacinados em balcões de casas agropecuárias ou PetShops indevidamente. A vacinação e os cuidados médicos do seu peludo só devem ser realizados por um profissional veterinário capacitado e competente. Não submeta seu peludo ao que você não se submeteria.

Eu costumo comparar que adotar ou comprar um cão ou gato exige o mesmo planejamento e dedicação de quando você planeja um filho. Se o cão custa caro ou vai demandar mais cuidados médicos do que você pode arcar, adote. Temos tantos peludos abandonados, lindos e fofos precisando de um lar e de carinho.

Alguns tutores tem o costume de fazer um cofrinho ou poupança para seus peludos, como se fosse um plano de saúde em casa. Essa é uma ideia para os casos emergenciais e que somos pegos de surpresa, facilitando o acesso ao tratamento.

Espero ter ajudado vocês, até a próxima.
Rubis.



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Feliz Halloween!!!

Alguns looks bem criativos para o Halloween!
Divirtam-se!













































































































Schumacher
















































































Agradecimentos especiais ao Schumacher: Labrador do Renan. Obrigada por mandar a foto, Isabela!!! Ele ficou uma gracinha!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

OS BICHOS PEDEM CARONA




Vai viajar de carro com o pet? 

Para evitar problemas,opte por transportá-lo em cadeirinhas, caixa de transporte,coleiras que se fixam no cinto de segurança, entre outras soluções.

Se o animal estiver solto no veiculo, tentando brincar com o dono, justamente pode gerar acidente porque o condutor não está atento à via. 


O descuido também pode afetar o bolso. De acordo com a legislação cães e gatos transportados  entre as pernas e os braços do condutor ou soltos no banco do passageiro podem render uma multa de R$85,13 e quatro pontos na carteira, segundo o Detran.


O Código de Trânsito Brasileiro prevê infração ainda mais grave quando os bichos são transportados na parte externa do veículo ( em picapes, por exemplo) ou com a cabeça para fora do automóvel, gerando uma penalidade de R$127,69 e cinco pontos na carteira.


Em viagens longas é preciso levar o atestado de vacinação de cães e gatos para provar que tomaram a vacina antirrábica. E também não se esqueça de fazer algumas paradas durante o trajeto para que o animal não  "estresse" e para fazer suas necessidades se for o caso.




  • Equipamentos de transporte seguro

Coleira e Guia



Ajustada ao cinto de segurança, a guia deixa um pequeno espaço para cães e gatos circularem. Só tenha cuidado em caso de freadas bruscas e colisões para não ocorrer enforcamento do animal.


Cinto Peitoral



Recomendado para cães. Uma das alças é presa ao fecho do cinto de segurança traseiro do veículo traseiro do veículo a outra, no peitoral do pet.


Cadeirinha



É mais indicada para cães acostumados a andar de carro desde cedo. Caso contrário eles podem se estressar.


Caixa de Transporte



Possui grade que impede completamente a saída do animal. é uma alternativa segura para gatos , que costumam ser mais estressados. A caixa deve ser bem ventilada e, de preferência toda escura.





Fonte: Revista Gol


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